Este livro apresenta um sumário teórico e prático de diversas técnicas de projeto, relativas a aterramento e controle de interferências eletromagnéticas, que foram utilizadas com ótimos resultados nos anos 1980, na elaboração do projeto de Subestações, Usinas Geradoras, Instalações de Telecomunicação, Instalações de Tecnologia da Informação e Instalações Industriais pertencentes ou alimentadas por sistemas de transmissão de 500 kV até os níveis de subtransmissão e distribuição.
O autor participou ativamente do processo de seleção e implementação dessa tecnologia, como engenheiro, pesquisador, chefe de departamento de estudos, superintendente e, finalmente, diretor de projetos da IESA, uma das maiores empresas brasileiras de consultoria em atividade na época.
No painel de “Aterramento e Compatibilidade Eletromagnética” coordenado por este autor durante o Enershow 2001, evento promovido em São Paulo pela revista Eletricidade Moderna, representantes da Copel, de Furnas, da Light, da Petrobras, e da Orplan (telefonia celular) atestaram, em palestras específicas sobre o tema, que os critérios de projeto elaborados e implementados pelo autor haviam, literalmente, controlado o problema de interferências eletromagnéticas em suas respectivas instalações.
Entretanto, a maioria dos engenheiros que participaram desses projetos, por parte da IESA e por parte das concessionárias envolvidas, aposentou-se e levou com eles parte dessa tecnologia.
Nos empreendimentos mais
recentes para os quais o autor tem prestado consultoria, nota-se que pelo menos
parte dessa tecnologia realmente se perdeu.
O objetivo principal deste livro é, portanto, reafirmar a eficiência dessa tecnologia de controle de interferência, na sua simplicidade e na sua eficiência, o que é feito nos capítulos 1 a 14.
Estes capítulos reapresentam
ao leitor um sumário prático da Teoria de Ondas Trafegantes, que é utilíssima
para este tipo de aplicação. O capítulo 19 busca explicar por que essa teoria é
bem pouco conhecida atualmente.
O capítulo 15 reporta uma
medição de d.d.p induzida à baixa frequência que foi feita no Laboratório de
Energia Elétrica da Universidade Veiga de Almeida (UVA), no Rio de Janeiro, em
um local onde não existe malha de terra.
O capítulo 16 reporta um teste certificado com o mesmo objetivo, feito no Laboratório do Lactec, em Curitiba, onde existe uma malha de terra.
O capítulo 17 apresenta uma análise destes dois testes, explica a metodologia de medição utilizada e desenvolve um método muito simples, que permite calcular a d.d.p induzida ao longo de condutores abertos, bem como no gap de espiras abertas, em locais com e sem malha de terra.
O capítulo 18 apresenta o roteiro de cálculo correspondente para locais com e sem malha de terra.
O teste feito no Lactec permitiu identificar um engano de cálculo muito frequente, que ocorre quando se calcula a d.d.p induzida no gap formado entre uma malha de terra e o terminal aberto de um induzido, estando o outro terminal do induzido aterrado na mesma malha.
O capítulo 18 mostra que esse engano decorre da aplicação de um método de cálculo correto, porém utilizado em uma situação inadequada, criada pela presença da malha de terra. O mesmo capítulo apresenta ainda o método correto de fazer esse cálculo com muito boa precisão.
As fórmulas principais
utilizadas nos capítulos 17 e 18 foram deduzidas nos itens 17.7 e 17.8 do
capítulo 17 utilizando a Teoria de Circuitos. Os anexos 1, 2 e 3 confirmam o
método de cálculo, utilizando a Teoria Eletromagnética.
O autor espera que os conceitos e aplicações práticas descritas neste livro possam ser úteis para os engenheiros envolvidos com os complexos desafios de aterramento e compatibilidade eletromagnética em usinas, subestações e instalações industriais.
Sumário
Apresentação ............................................................................................................................. 17
Agradecimentos ....................................................................................................................... 21
Comentários
iniciais ............................................................................................................... 23
1 Natureza das
perturbações .............................................................................................. 29
1.1 Dois tipos básicos de perturbações: periódicas e
aperiódicas ....................... 29
1.2 Tipos de perturbações aperiódicas .......................................................................... 34
1.3 Tipos de perturbações periódicas ............................................................................ 34
2 Impedâncias de
surto próprias e mútuas .................................................................. 35
2.1 O conceito de impedância de surto própria ........................................................ 35
2.2 Cálculo da impedância de surto própria de um
trecho de condutores
horizontais aéreos .......................................................................................................... 36
a) Indutâncias e
capacitâncias e impedâncias de surto para condutores aéreos 36
b) Indutâncias e capacitâncias e impedâncias de surto
para cabos .................. 37
c) Indutâncias e capacitâncias e
impedâncias de surto para condutores subterrâneos.......... 38
d) Velocidade de propagação das ondas em condutores
aéreos ..................... 40
e) Velocidade de propagação das ondas nos cabos ............................................. 40
f) Velocidade de propagação das ondas nos condutores
subterrâneos ........ 40
2.3 Impedância de surto própria como impedância
terminal de um circuito
ladder elementar ............................................................................................................. 40
2.4 Cálculos da impedância de surto própria de um
trecho de condutores
verticais e inclinados ..................................................................................................... 41
2.5 Impedância de surto mútua entre dois trechos
elementares de condutores
paralelos ............................................................................................................................ 42
2.6 Invariância das impedâncias de surto com a
frequência .................................. 43
2.7 Quando pode ser empregada a expressão e = L
(di/dt) ................................ 43
2.8 Por que os modelos com indutâncias e capacitâncias
concentradas
não são adequados? ...................................................................................................... 43
2.9 Por que o termo “perturbação
aperiódica” é preferível à “perturbação de
alta frequência”? ............................................................................................................. 44
2.10 Pequena taxa de conversão
da energia do surto em calor na impedância de surto ......... 44
3 Tensão induzida ................................................................................................................... 45
3.1 Formação da
onda de tensão induzida durante perturbações aperiódicas 45
3.2 Quando pode existir uma onda de
corrente no condutor que sofre a indução 47
3.3 O efeito do aterramento do condutor que sofre a
indução ............................ 48
3.4 Sumário sobre a formação de ondas de corrente e de
tensão ....................... 48
3.5 Tensão periódica induzida ......................................................................................... 49
3.6 Multiaterramento do condutor que
sofre a indução para perturbações periódicas .......... 51
4 O efeito de
blindagem – parte teórica ....................................................................... 53
4.1 Importância do multiaterramento da blindagem para
reduzir tensões
induzidas causadas por perturbações aperiódicas ............................................... 53
4.2 A blindagem eletromagnética e o controle do ruído
de modo comum ..... 55
4.3 Blindagem eletrostática e controle do ruído de
modo diferencial ................. 57
4.4 Controle simultâneo do ruído de modo comum e
diferencial ...................... 58
4.5 Blindagem para perturbações periódicas ............................................................... 58
5 O efeito de
blindagem – parte prática ....................................................................... 61
5.1 O requisito de continuidade das blindagens ........................................................ 61
5.2 O condutor de blindagem interna de 1,5 mm2
................................................... 65
5.3 Multiaterramento de
bandejas, eletrocalhas, canaletas metálicas e eletrodutos 65
5.4 Continuidade da blindagem em caixas de passagem de
cabos ..................... 66
5.5 Inconvenientes das canaletas de concreto armado ............................................ 66
5.6 Necessidade de
interligar externamente as roscas de eletrodutos metálicos 67
5.7 Escolha do tipo de blindagem e do aterramento
adequados para
cada função dos cabos ................................................................................................ 67
6 Segregação das
cablagens por função .............................................................................. 69
6.1 Ideia básica
da segregação de cabos nos percursos externos à sala eletrônica 69
6.2 Segregações em 3, 4 ou 5 “ambientes
eletromagnéticos” ................................ 70
6.3 Exemplos de funções de cabos
segregadas em 5 ambientes eletromagnéticos
71
7 Chicotes de cabos
ou cable bundles ........................................................................... 73
7.1 O conceito inicial de single point ou
radialização do aterramento dentro
da sala eletrônica ............................................................................................................ 73
7.2 Objetivos dos chicotes: minimização dos ruídos de
modo comum e
diferencial nos terminais dos dispositivos eletrônicos
...................................... 74
7.3 Por que os
chicotes minimizam os ruídos de modo comum e diferencial? 74
7.4 O conceito de equipotencialidade dinâmica dos
chicotes ................................ 76
7.5 Como as ondas de corrente
conseguem ter acesso ao interior da sala eletrônica 76
7.6 Os chicotes como última proteção contra ondas de
corrente que
conseguem ter acesso ao interior da sala eletrônica ........................................... 78
7.7 Por que os chicotes são utilizados somente nas
salas eletrônicas? ............... 78
7.8 Testes feitos no laboratório de alta tensão ........................................................... 78
8 Chicotes de cabos
– parte prática ................................................................................ 79
8.1 Alternativas para levar os cabos do single
point aos painéis ............................... 79
8.2 Piso falso com cobertura semicondutiva .............................................................. 79
8.3 Piso falso com placas metálicas ................................................................................ 80
8.4 Canaletas metálicas embutidas no concreto ......................................................... 81
8.5 Salas eletrônicas sem piso falso ou canaletas
metálicas .................................... 82
8.6 Eletrocalhas elevadas para instalações de
telecomunicação ............................. 83
8.7 Comentários
sobre as eletrocalhas elevadas – uma questão de costume ... 84
9 A importância das
junções de condutores ............................................................... 85
9.1 As junções típicas nos sistemas de aterramento e
de blindagem .................. 85
9.2 Condutor de entrada na junção e condutores de
saída da junção ................ 86
9.3 Condutor equivalente dos condutores de saída da
junção .............................. 86
9.4 Cálculo dos fatores de reflexão e de refração ...................................................... 86
Detalhes | |
Autor | Sérgio Toledo Sobral |
Edição | 1ª Edição Ano 2017 |
Editora | ARTLIBER EDITORA LTDA |
Encadernação | Brochura |
Especialidade | ENGENHARIA, ELETRICA |
ISBN | 9788588098862 |
ISBN13 | 9788588098862 |
Páginas | 236 |
Interferências Eletromagnéticas em Sistemas Elétricos
- Autor: Sérgio Toledo Sobral
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